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domingo, 8 de abril de 2007

DA PRÁTICA POLÍTICO-PEDAGÓGICA À PEDAGOGIA POLÍTICA DA PRÁTICA: PENSANDO O PPP



DA PRÁTICA POLÍTICO-PEDAGÓGICA À PEDAGOGIA POLÍTICA DA PRÁTICA: PENSANDO O PPP
Francisco Carlos de Mattos *

Desconhecimento e descrédito. O primeiro por falta de estudos. Na verdade, pela ausência da cultura de estudos, de pesquisa, de leitura e escrita no nosso país. O segundo enquanto conseqüência do primeiro, que, numa combinação de negativismos, esboça os contornos de uma imagem, que se pretende bem longe daqui.
A título de esclarecimento, pretende-se discorrer neste breve espaço sobre a importância da construção do Projeto Político Pedagógico para as nossas escolas e do valor da participação de todos os elementos que compõem a comunidade escolar, mais especificamente a do professor.
O primeiro parágrafo é uma referência ao que, infelizmente, acontece com parcela significativa de professores no que diz respeito à construção de tão importante documento norteador de caminhos de sucesso para a escola, quando prima pela conquista da autonomia e da formação política de todos que compõem a comunidade escolar e quando existe condições de promoção do desenvolvimento do cidadão em plena acepção da palavra.
O PPP absorve, além do imaginário dos bons profissionais, o desejo de uma escola plural, interdisciplinar, multicultural, holística. Entretanto, para que se efetive, é necessário que essa volição esteja no âmago de todos. Nessa perspectiva, percebe-se que, já que não é a instituição que forma o profissional e sim o contrário, nesse mergulho sem volta no fundo do poço das ambições capitalistas, pouquíssimos professores buscam construir esse panorama filosófico do que seja educação e do que ela representa para o ser humano. A idéia de escola com as características apontadas no início deste parágrafo depende de uma educação primeira, que até pouco tempo era dever da família que, infelizmente, fazendo parte dessa mesma sociedade e até mesmo sendo, em muitos momentos, o seu esteio, encontra-se na mesma passagem subterrânea verticalizada e, também, quase lá no fundo.
A concepção de PPP passa pelos estudos de muitos pesquisadores e entre esses, elege-se o pensamento de Veiga (1996) para esclarecer as melhores pontuações sobre momento tão importante para a comunidade escolar. Afirma a autora que

O projeto político-pedagógico busca um rumo, uma direção. É uma ação intencional, com um sentido explícito, com um
compromisso definido coletivamente. Por isso, todo projeto pedagógico da escola é, também, um projeto político por estar
intimamente articulado ao compromisso sócio - político e com os interesses reais e coletivos da população majoritária.
´É político, no sentido de compromisso com a formação do cidadão para um tipo de sociedade. A

dimensão política se cumpre na medida em que ela se realiza enquanto prática especificamente pedagógica.’ (Saviani
1983, p.93). (...) Na dimensão pedagógica reside a possibilidade da efetivação da intencionalidade da escola, que é a formação do
cidadão participativo, responsável, compromissado, crítico e criativo. Pedagógico, no sentido de se definir as ações educativas e
as características necessárias às escolas de cumprirem seus propósitos e sua intencionalidade (1996: 12).

A adjetivação (bom) empregada no 4º § acima para definir o profissional, deve-se não somente àqueles que conseguiram galgar os mais altos degraus da escada da escolarização em cursos de pós-graduação stricto sensu, como mestrado, doutorado, pós-doutorado etc., pois, como já afirmado, esses predicados independem de escolarização. Qualidade de bom profissional se percebe pelo comprometimento com as causas educativas e, principalmente, com a contribuição nas formações humana e política do indivíduo. É por esse meandro que a concepção de holismo toma corpo nessas análises, assim como deveria ser preocupação constante na formação dos futuros educadores e das próximas gerações. Assim sendo, a inquietação deveria estar voltada para se encontrar um jeito de harmonizar o homem à natureza, ao meio em que se insere, buscando o equilíbrio dos aspectos físico, espiritual, emocional, mental, etc.. Há que se entender, que o ser humano não se constitui só de cabeça com a prevalência do intelecto em detrimento dos outros aspectos, como também não pode ser avaliado, visto, compreendido como somente consciência ou emoções. O homem é um ser complexo e só pode ser entendido no conjunto dessas características que o definem. Portanto, é o homem um ser essencialmente holístico.
Não existe instituição alguma extra-família que tenha se destacado por se preocupar com a educação de valores humanos antes da inquietação com o domínio do conhecimento científico. Não se prepara primeiro o intelectual para depois se pensar no homem bom, íntegro, fraterno; enfim, humano.
Para a construção de uma fundamentação bem sólida do PPP, mister se faz uma formação humana bem estruturada, que se faça carro-chefe de tal empreitada. Logo a seguir, pode-se recomendar a formação acadêmica.
Para que a essência do PPP possa surtir o efeito desejado, quando da inserção dos alunos egressos na sociedade, sabe-se que deveria haver também transformações em outros setores desse contexto mais amplo, a começar pela economia e, mais especificamente, pela má distribuição de renda, que se apresenta como a face obscura das injustiças sociais. Não se conseguindo extirpar esse câncer da sociedade, pouco efeito terá um PPP necessariamente democrático, filosoficamente profundo.
Isso é assunto para outros MOMENTOS e que não se sinta nessas palavras finais o gosto amargo do derrotista.
Se não for pela vitória, valerá pelo esforço da luta!

* Mestre em Educação pela UERJ, professor do Ensino Médio e Orientador Educacional da Rede Pública Municipal de Cabo Frio, professor de Gestão da Unidade Escolar I e II e de TCC da Faculdade de Educação Silva Serpa, no Município de São Pedro da Aldeia e, atualmente, ocupando o cargo de Chefe do Serviço de Orientação Educacional de 5ª a 8ª séries, de Ensino Médio e EJA na Secretaria Municipal de Educação de Cabo Frio.

Referências Bibliográficas
SAVIANI, Dermeval. Escola e democracia: teorias da educação, curvatura da vara, onze teses sobre educação e política. São Paulo: Cortez, Autores Associados, 1983.
VEIGA, Ilma P. A. Projeto político-pedagógico da escola: uma construção coletiva. In: VEIGA, Ilma P. A. (org.). Projeto político-pedagógico da escola: uma construção possível. Campinas: Papirus, 1996.



BOA PÁSCOA A TODOS ! ! !



Feliz Páscoa!

Que o seu TALENTO
traga muito
DIAMANTE NEGRO
e
OURO BRANCO,
além de muito
PRESTÍGIO
em sua vida,
e que tudo isto cause a
SENSAÇÃO
de estar em um
MUNDY
de alegrias
vivendo um
SONHO DE VALSA
embalado por uma
SERENATA de AMOR
para que todos nós, a todo momento gritemos:
BIS!!!!!!

Boas energias e grande abraço...
OBS.: Mensagem recebida pela amiga Jaqueline Assis, que está lá em Foz de Iguaçu.

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