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terça-feira, 21 de agosto de 2007

AULINHA DO TEMPO DA TIA

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Francisco Carlos de Mattos
A viabilização de um programa de construção de projetos de pesquisa, a sua operacionalização, as análise e interpretação de dados coletados e a sua conseqüente transformação em artigos científicos, é de suma importância para um olhar mais científico da prática profissional, levando-se em conta a inexpressiva formação cultural do povo brasileiro no que tange à compreensão do processo pedagógico e a risível formação acadêmica, que não incentiva a leitura, a escrita, a construção de projetos e a pesquisa científica.
Há muito tempo acreditávamos que boa aula era aquela em que o professor ficava o tempo todo praticando a verborragia, numa explícita demonstração da sua sapiência, do seu academicismo, o que era a pedra de toque de uma das tendências pedagógicas, que cisma em persistir em nossas memórias com o incentivo direto da prática, ainda, de muitos professores.
Hoje, a pesquisa reconquistou o seu lugar especial no processo, enfatizando o papel do discente enquanto sujeito ativo e não mais como o ser passivo, que, embevecido com o saber do mestre, transforma-se em receptáculo de conhecimento de terceiros, em cópia da cópia da cópia, como, apropriadamente, gosta de falar Pedro Demo.
Um programa como esse se justifica exatamente num momento em que todos os olhares acadêmicos se voltam para a pesquisa como pano de fundo para a produção de conhecimentos significativos para um melhor entendimento do cotidiano e a construção de fazeres diferentes, enquanto táticas de sobrevivência. Certeau (1994) nos encaminha para esse entendimento, quando vaticina que
o homem ordinário escapa silenciosamente a essa conformação. Ele inventa o cotidiano, graças às artes de fazer, astúcias sutis, táticas de resistência pelas quais ele altera os objetos e os códigos, se reapropria do espaço e do uso a seu jeito. Voltas e atalhos, maneiras de dar golpes, astúcias de caçadores, mobilidades, histórias e jogos de palavras, mil práticas inventivas provam, a quem tem olhos para ver, que a multidão sem qualidades não é obediente e passiva, mas abre o próprio caminho no uso dos produtos impostos, numa ampla liberdade em que cada um procura viver do melhor modo possível a ordem social e a violência das coisas (4ª capa).
Com Certeau entendemos que a vida é constituída de momentos construtivos e de astúcias silenciosas e sutis em busca de uma maneira diferente de inventar um cotidiano mais rico. Esta é a contribuição que um programa como esse pode dar, para a construção de novos pensamentos e ações para a efetiva produção de conhecimentos científicos.
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quarta-feira, 1 de agosto de 2007

POR UMA EDUCAÇÃO QUE LIBERTE OU UMA LIBERDADE QUE EDUQUE

Francisco Carlos de Mattos*
I. Considerações Iniciais
A educação vem ao longo dos tempos procurando se adaptar às aceleradas variações do contexto político-sócio-econômico e cultural, muitas vezes pondo-se enquanto causa e outras tantas como conseqüência, mesmo sendo uma das diversas peças de uma engrenagem maior, mas com uma carga de responsabilidade extremosa de ser a provocadora científica da primeira e a culpada, principalmente quando os erros surgem, da segunda.
Ponderar sobre a violência na escola fica muito vago, correndo-se o risco de se analisar o cotidiano escolar por ele mesmo, sem nenhuma consonância com o contexto mais amplo, como se a escola fosse uma instituição autônoma, livre, alienígena em relação ao todo.
Não se tem a pretensão de transformar esta reflexão em profundas análises das causas neurofisiológicas, psicológicas, neuropsiquiátricas ou algum outro campo médico sobre o psiquismo dos pré-adolescentes e adolescentes acastelados nas escolas de ensinos fundamental e médio do nosso sistema educacional.
A área da educação escolar está inserida num campo do conhecimento humano, que mais congrega "experts", profundos conhecedores do que ocorre no cotidiano das escolas, dos que nelas atuam, independentemente da formação acadêmica ou profissional, aos que pouco ou nenhum tempo de contato efetivo tiveram por lá. Nesse enfoque, ele passa a ser terra de ninguém e de todos ao mesmo tempo. A verdadeira "casa da mãe Joana". Não se compara com outros campos de ação profissional, onde a ciência é o grande norte para o seu que-fazer e para o seu entendimento. Em muitos desses campos não se vislumbra possibilidade alguma de um leigo se intrometer ou dar ´pitacos`no que um profissional estiver desenvolvendo. O que não ocorre no magistério.
Pretende-se ocupar um espaço de reflexão pedagógica sobre a questão da violência que invade a escola, sem os achismos que caracterizam os inúmeros fazeres na área, buscando referências teóricas que norteiem um pensar longe do senso comum. É importante que se deixe bem claro, que essa violência é multifacetada, plural e ambienta-se com uma extrema facilidade, fazendo-se entender como única em todos os lugares em que surge.
O encaminhamento para as pontuações sobre o tema desta exposição, terá como enfoque inicial alguns princípios básicos e elementares, algumas noções gerais sobre a violência nas concepções biológica, social e psicológica, para, com bases em alguns desses conhecimentos, direcionar a análise para o aspecto pedagógico, que é a base dessa reflexão.
Em seguida, a formação do professor será brevemente ponderada com o intuito de se construir um olhar sobre a deficiência

Compenetrado para 2010

Compenetrado para 2010
Visto pela webCam

EU, COMPENETRADO!

EU, COMPENETRADO!

Eu_pela_camara_do_celular

Eu_pela_camara_do_celular

EUNAPAZ

EUNAPAZ
SORRISO É O ESPELHO DA ALMA.

EU

DE PÉ E À ORDEM... SEMPRE!

"PROF, FRANCISCO MATTOS OE DO ALFREDO CASTRO E MÁRCIA FRANCESCONI

ENCONTRO DE MAÇONS

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PANÓPTICO VIRTUAL

Boca da Barra - CF

Boca da Barra - CF

Serra do Rio Rastro (http://www.panoramio.com/photo/752018)

Serra do Rio Rastro (http://www.panoramio.com/photo/752018)
O VERDE É LINDO!

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